rnCom fim da novela da MP dos Portos, governo volta suas baterias para resolver disputas do ICMS, das concessões de ferrovias e rodovias e do marco regulatório da mineraçãornBrasil Econômico – Cassiano Via
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– Cassiano Viana e Nicola Pamplona
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A imagem do gigante adormecido ficou no passado e hoje o Brasil é visto mais como um país grande amarrado por entraves que limitam seu desenvolvimento. Alguns nós, aparentemente, vêm sendo desatados, com medidas que reduziram o custo da eletricidade para a indústria e a retomada das concessões de petróleo, que ficaram suspensas por cinco anos enquanto se discutia um marco regulatório para o setor, mas é consenso que custos logísticos e carga tributária são entraves ainda a superar.
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Após o fim da novela da MP dos Portos, o Planalto volta suas baterias para três novas disputas, que já estão sobre a mesa e seguem a cartilha de desatar nós que seguram o crescimento do país: o projeto de unificação do ICMS, a retomada das concessões logísticas e a conclusão do marco regulatório da mineração.
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Encaminhada ao Congresso em dezembro do ano passado, a MP dos Portos visa ampliar os investimentos privados e modernizar terminais, a fim de baixar os custos de logística do país. De lá para cá, a Medida já sofreu mais de 150 modificações e foi tema de muito bate-bocas intermináveis, mas a obstinação do Planalto em aprovar o texto a seu feitio, mesmo que tenha que vetar emendas de parlamentares, indica que não há grande margem para negociação com o Congresso sobre a agenda proposta.
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Com o Congresso, será dura a batalha pela aprovação da unificação do ICMS, considerada pelo governo como a reforma tributária possível. O tema já tem provocado grande discussão entre os Estados, que não querem abrir mão de receita ou do poder de atrair investimentos com guerra fiscal. “É uma discussão complexa. O ICMS é hoje o maior tributo do país. Existe uma certa insegurança de como serão equalizadas as alíquotas eliminando distorções entre estados e como serão tratados os incentivos já concedidos para os estados”, afirma Guilherme Mercês, Gerente de Economia e Estatística da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
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O marco proposto pelo governo, por meio da Medida Provisória 599 e pelo Projeto de Resolução 001, tem que ser aprovado pelo Senado até o dia 6 de junho. Atualmente, as discussões sobre o setor têm unido parlamentares de diferentes partidos em defesa dos interesses de seus Estados, em uma amostra das dificuldades que o Planalto terá para aprovar a proposta.
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Também no Congresso, o governo inicia em breve uma nova batalha, pela aprovação do novo marco regulatório da mineração , um dos setores mais importantes para a balança comercial brasileira. A proposta do governo, que também deverá ser apresentada por meio de MP, prevê o reajuste da alíquota dos royalties e a definição de licitações para exploração das jazidas, que terão períodos pré-definidos de concessão.
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A indefinição sobre as novas regras e a suspensão das autorizações de pesquisa de novas jazidas provocaram o represamento de R$ 20 bilhões em investimentos, segundo cálculos do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).Cenário semelhante viveu setor de petróleo nos últimos anos, quando a discussão sobre mudanças no marco regulatório e distribuição dos royalties resultaram em suspensão dos leilões. A retomada, esta semana, garantiu ao país, um compromisso de investimento mínimo de R$ 6,9 bilhões.
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A retomada dos investimentos em infraestrutura logística também está atrasada por conta do adiamento do lançamento dos editais para a concessão de 7 mil quilômetros de rodovias e 10 mil quilômetros de ferrovias, para renegociação, com potenciais investidores, de melhores condições de rentabilidade. Na semana passada, o Ministério da Fazenda anunciou um aumento da Taxa Interna de Retorno das concessões das rodovias de 5,5% para 7,2%. A expectativa é que todos os editais sejam lançados até o início de 2014.
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Estudo do Instituto Ilos aponta que o custo logístico do Brasil é de 10,6% do PIB, enquanto nos Estados Unidos, esse valor é de 7,7%. “É ponto pacífico que o Brasil tem alto custo de transporte e que esse custo é reflexo da infraestrutura débil do país”, comenta o diretor do departamento de Infraestrutura da Federação das Indústrias de São Paulo, Carlos Cavalcanti.O programa de investimentos proposto pela Empresa de Planejamento Logístico prevê investimentos de R$ 242 bilhões.
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A percepção é que já houve avanços em alguns setores, mas ainda é cedo para comemorar. Dados da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace) indicam que a redução da tarifa de energia para as grandes indústrias ficou entre 9% e 18%, considerado insuficiente para melhorar a competitividade do país. Além disso, parte do corte está sendo corroído pelo repasse do custo das termelétricas, acionadas devido ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas. “O ganho não é suficiente para despertar o espírito empreendedor, como quer o governo”, diz o presidente da Abrace, Paulo Pedrosa.
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No setor de petróleo, o Brasil venceu barreiras promovendo um novo leilão de áreas exploratórias, mas precisará ainda resolver, pela frente, um marco regulatório específico para o gás de xisto, hoje a principal fronteira mundial de energia barata.”Para viabilizar a atividade, é preciso definir um conjunto de regras e políticas que fomentem a atividade no seu inicio. Seria necessária a criação de um marco regulatório específico e a criação de uma legislação própria de forma a lidar com as questões inerentes à atividade”, avalia a advogada Marilda Rosado, sócia do Centro de Excelência e Desenvolvimento Petróleo, Energia e Mineração (Cedpem).
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O primeiro leilão para exploração de blocos de gás e óleo não convencionais, chamado de ‘shale gas’ ou gás de xisto, está previsto para ocorrer em outubro.
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Fonte: Brasil Econômico
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