NOTÍCIAS

Mina de ouro tomada do Japão há 70 anos é atração no interior

10 de junho de 2012

rnEm 1942, Brasil entrou na 2ª Guerra ao lado dos aliados e confiscou área que hoje virou parque no município de Apiaí rnUma mina de ouro confiscada há 70 anos pelo governo brasileiro da Companhia de Minera&

rn

Em 1942, Brasil entrou na 2ª Guerra ao lado dos aliados e confiscou área que hoje virou parque no município de Apiaí 

rn

Uma mina de ouro confiscada há 70 anos pelo governo brasileiro da Companhia de Mineração de Apiahy, empresa de capital japonês, virou atração turística em Apiaí, a 322 quilômetros de São Paulo. A prefeitura criou o Parque Municipal do Morro do Ouro para preservar os remanescentes da mineradora. As trilhas levam às escavações em forma de túneis baixos. Na época, a mina produzia 10 mil toneladas de minério por ano, com teor de 5 gramas de ouro puro por tonelada. O metal em barras era despachado para o Japão.

rn

Em 1942, com a adesão do Brasil aos aliados contra os países do Eixo – Alemanha, Japão e Itália – na 2.ª Guerra Mundial (1939 a 1945), o governo assinou o Decreto-lei 4.166 e fechou a mina com seus 2,5 mil metros de túneis. Em 1945, a empresa foi liquidada, mas em 1960 a União reconheceu que os donos não eram súditos do Eixo. O remanescente do empreendimento foi devolvido à mineração, mas era tarde para retomar as atividades.

rn

A região de Apiaí ficou conhecida pela exploração do ouro a partir do século 17. Bandeirantes paulistas fundaram a Vila da Apiahy e abriram escavações a céu aberto. Em 1885, a empresa Resende e Via incumbiu o engenheiro Gonzaga de Campos de pesquisar a área. Ele encontrou veios auríferos num morro vizinho à vila, que passou a se chamar Morro do Ouro. Em 1939, a mina e seus arredores foram arrendados ao grupo japonês.

rn

O geólogo Hélio Shimada, pesquisador de recursos minerais do Instituto Geológico, diz que a partir do fechamento, em 1942, a mina ficou abandonada. A área foi declarada de utilidade pública em 1998. O parque foi instalado em 2004. Monitores orientam as visitas pelas duas trilhas existentes. Elas levam às ruínas e à entrada dos túneis, num percurso de 8 quilômetros.De acordo com o diretor do parque, Francisco Ferrenha, a  prefeitura abriu à visitação uma galeria de 80 metros, que deve ser feita com monitores. Uma incursão maior depende de medidas de segurança, como escoramento e iluminação, previstos no projeto de Shimada. A prefeitura busca recursos para implementar toda a ideia. Como a região tem minas de prata e chumbo, estuda-se o Circuito das Minas do Alto Ribeira.

rn

 

Fonte: Estado de S. Paulo

Compartilhe:

LEIA TAMBÉM



IBRAM marca posição sobre DE&I na mineração, em seminário do Ministério de Direitos Humanos e Cidadania

30 de maio de 2025

Setor mineral em agenda de diversidade e igualdade com foco em metas ambiciosas para 2030. Promover a equidade racial e…

LEIA MAIS

IBRAM e Sebrae irão firmar acordo de cooperação para fortalecer pequena e média mineração

26 de fevereiro de 2024

Criar projetos voltados a integrar as pequenas e médias empresas do setor de mineração às boas práticas ESG, além de…

LEIA MAIS

Belo Horizonte receberá seminário sobre Barragens de Rejeitos

22 de outubro de 2018

As barragens de rejeito estarão em foco na segunda edição do Seminário UK-Brazil Mining Forum. O evento será realizado em Belo…

LEIA MAIS