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IBRAM defende mais oferta de minérios para transição energética em evento do Fórum Econômico Mundial

3 de junho de 2025

Aprovar uma abrangente política pública e desarmar os gargalos que impedem a expansão da produção mineral, em especial, de minerais críticos e estratégicos (MCEs), é parte da solução para envolver o Brasil com ênfase na união de forças globais voltadas a promover a transição energética e minimizar os efeitos das mudanças climáticas. Foi o que defendeu o diretor de Sustentabilidade e Assuntos Associativos do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Rinaldo Mancin, no Rio de Janeiro, na “Reunião sobre Transição Energética no Brasil: Proporcionando um Futuro Energético Sustentável, Equitativo e Seguro”, organizada pelo Fórum Econômico Mundial, neste dia 2/6.

Rinaldo Mancin, diretor de Sustentabilidade e Assuntos Associativos do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).

O evento marca o lançamento oficial da Coalizão Global para o Planejamento Energético (GCEP) e ocorre meses antes da COP30, em Belém (PA), tendo, inclusive, a participação do presidente-designado da conferência da ONU sobre clima, o embaixador André Corrêa do Lago. Rinaldo Mancin representou o IBRAM em dois painéis: “Alcançando uma Transição Verde Equitativa no Brasil: Implicações para Políticas Públicas e Empresas” e “O Papel dos Minerais Críticos em uma Nova Era Geoeconômica”. Importantes organizações participaram dos painéis com o IBRAM, como BNDES, Vale, OIT, CBA, Sigma Lithium, IADB, Santander e Ministério de Minas e Energia.

O presidente-designado da COP30, André Corrêa do Lago, foi um dos palestrantes do evento no RJ.

À medida que a corrida para garantir minerais críticos se intensifica, a América Latina — lar de vastas reservas de lítio, cobre, níquel e terras raras — emerge como um ator importante na transição energética global. Em um cenário geoeconômico cada vez mais complexo, desbloquear o investimento responsável e escalar o processamento com valor agregado será fundamental para posicionar a região como um fornecedor estável e estratégico.

Brasil como hub regional: da exportação de commodities à industrialização verde  

Sobre a temática dos MCEs e as mudanças climáticas, em 28 de maio, o IBRAM apresentou publicamente o Green Paper “Os minerais críticos e estratégicos na COP30 – Avançar com uma política para os brasileiros e para o mundo” . Ele destaca que o Brasil não pode se limitar a ser apenas um fornecedor de matérias-primas. O país tem potencial para se tornar um hub industrial da transição energética na América do Sul, agregando valor local por meio de cadeias verdes como baterias de lítio, magnetos de terras raras e hidrogênio verde. Dados revelam que o uso de minerais na matriz elétrica brasileira crescerá 54% até 2034, enquanto a capacidade instalada aumentará 35% — um sinal claro de que a demanda por MCE está intrinsecamente ligada às metas climáticas nacionais, como a redução de 59% a 67% das emissões até 2035.

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